O
mundo vive hoje a sua pior crise de refugiados desde a Segunda Guerra
Mundial.
Milhares
de refugiados chegam às fronteiras europeias fugindo de guerras, pobreza e
violência, em sua maioria, oriundos de regiões do Oriente Médio e do norte da
África.
De
entre os principais grupos de refugiados que chegam atualmente à Europa
estão sírios, afegãos, iraquianos, paquistaneses, eritreus, somalianos e nigerianos.
Fugindo das instabilidades politicas provocadas pelas guerras civis, sobretudo
pela guerra civil na Síria que estende-se desde de
2011, época em que ocorreu a chamada Primavera Árabe e pela
atuação dos grupos terroristas - Estado Islâmico e também a
recusa de outros países muçulmanos, sobretudo
os países vizinhos como o Líbano, a Jordânia e
a Turquia em receber os refugiados em seu território. Diante das
situações de guerras, violência, pobreza e falta de perspetivas, os
refugiados não hesitam em optar por rotas de alto risco, a pé ou pelo Mediterrâneo,
na expectativa de uma vida melhor, na Europa longe das barbaridades dos
extremistas.
A consequência dessa
crise dos refugiados na Europa tem se agravado cada vez
mais devido as decisões de cada pais da União Europeia em
aceitar ou não os refugiados e isso gera uma outra crise de
teor ético e político. As indagações que se levantaram em torno
desta questão é a capacidade de alguns desses países em plena
crise económica, como é o caso da Grécia, de acomodar,
dar assistência e emprego a esses refugiados e também em saber
conciliar à divergência cultural entre muçulmanos e europeus. Há
ainda a preocupação com as ligações possíveis que grupos terroristas, como a
Al-Qaeda e o Estado Islâmico, podem estabelecer com indivíduos infiltrados
entre os imigrantes ameaçando a segurança interna dos países
que oferecem asilo. Esses são alguns
dos fatores que levaram os países como
a Áustria e os países dos Balcãs que fecharam as
suas fronteiras impedindo desse modo o fluxo de emigrantes e refugiados e com
isso cerca de 30 mil pessoas encontram-se bloqueadas no norte
da Grécia, a espera que reabram as fronteiras e possam seguir para outros
destinos.
Em
resposta a este problema dos refugiados foi realizado uma cimeira entre
a União Europeia e a Turquia esta segunda feira
07, sobre como lidar com o fluxo migratório. No final do
dia terminaram sem acordo mas
com entendimento como forma de por fim as redes de traficantes
que enriquecem as custas dos milhares que atravessam o mar Egeu a
procura de uma entrada na Europa de forma ilegal.
Sendo assim nem todos
os que desembarcam em Grécia poderão ficar na
Europa, serão devolvidos a Turquia, haverá uma troca
direta entre a Turquia e a UE, partindo desse principio provavelmente haverá uma
diminuição significativa de números de pessoas que optam
por pagar os criminosos para
fazerem a travessia ilegal, visto que podem ser
devolvidos a Turquia ou seja a Europa comprometer-se
a aceitar um refugiado por cada sírio que seja devolvido à Turquia.
A
União Europeia e a Turquia estão perto de um acordo para resolver a crise dos
migrantes. Esta cimeira terminou sem uma decisão, mas com
uma proposta que deverá ser aprovada na próxima semana. Enquanto isso
milhares de migrantes aguardam pelas boas notícias da cimeira. A maior
parte espera sem condições há inúmeros dias na fronteira
da Grécia com a Republica da Macedónia expostos a baixa
temperatura, doenças que afeta principalmente as crianças, falta de
alimentos entre outros problemas.
Fontes:
http://www.dn.pt/mundo/interior/alexis-tsipras-pede-solidariedade-a-ue-antes-de-cimeira-5064095.html
Ângela
Oliveira
Sem comentários:
Enviar um comentário