quarta-feira, 9 de março de 2016

A pior crise humanitária desde da Segunda Guerra Mundial

O mundo vive hoje a sua pior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial.  
Milhares de refugiados chegam às fronteiras europeias fugindo de guerras, pobreza e violência, em sua maioria, oriundos de regiões do Oriente Médio e do norte da África. 
De entre os principais grupos de refugiados que chegam atualmente à Europa estão sírios, afegãos, iraquianos, paquistaneses, eritreus, somalianos e nigerianos. Fugindo das instabilidades politicas provocadas pelas guerras civis, sobretudo pela guerra civil na Síria que estende-se desde de 2011, época em que ocorreu a chamada Primavera Árabe e pela atuação dos grupos terroristas - Estado Islâmico e também a recusa de outros países muçulmanos, sobretudo os países vizinhos como o Líbano, a Jordânia e a Turquia em receber os refugiados em seu território. Diante das situações de guerras, violência, pobreza e falta de perspetivas, os refugiados não hesitam em optar por rotas de alto risco, a pé ou pelo Mediterrâneo, na expectativa de uma vida melhor, na Europa longe das barbaridades dos extremistas. 
A consequência dessa crise dos refugiados na Europa tem se agravado cada vez mais devido as decisões de cada pais da União Europeia em aceitar ou não os refugiados e isso gera uma outra crise de teor ético e político. As indagações que se levantaram em torno desta questão é a capacidade de alguns desses países em plena crise económica, como é o caso da Grécia, de acomodar, dar assistência e emprego a esses refugiados e também em saber conciliar à divergência cultural entre muçulmanos e europeus. Há ainda a preocupação com as ligações possíveis que grupos terroristas, como a Al-Qaeda e o Estado Islâmico, podem estabelecer com indivíduos infiltrados entre os imigrantes ameaçando a segurança interna dos países que oferecem asilo. Esses são alguns dos fatores que levaram os países como a Áustria e os países dos Balcãs que fecharam as suas fronteiras impedindo desse modo o fluxo de emigrantes e refugiados e com isso cerca de 30 mil pessoas encontram-se bloqueadas no norte da Grécia, a espera que reabram as fronteiras e possam seguir para outros destinos. 
Em resposta a este problema dos refugiados foi realizado uma cimeira entre a União Europeia e a Turquia esta segunda feira 07, sobre como lidar com o fluxo migratório. No final do dia terminaram sem acordo mas com entendimento como forma de por fim as redes de traficantes que enriquecem as custas dos milhares que atravessam o mar Egeu a procura de uma entrada na Europa de forma ilegal.  
Sendo assim nem todos os que desembarcam em Grécia poderão ficar na Europa, serão devolvidos a Turquia, haverá uma troca direta entre a Turquia e a UE, partindo desse principio provavelmente haverá uma diminuição significativa de números de pessoas que optam por pagar os criminosos para fazerem a travessia ilegal, visto que podem ser devolvidos a Turquia ou seja  a Europa comprometer-se a aceitar um refugiado por cada sírio que seja devolvido à Turquia. 

A União Europeia e a Turquia estão perto de um acordo para resolver a crise dos migrantes. Esta cimeira terminou sem uma decisão, mas com uma proposta que deverá ser aprovada na próxima semana. Enquanto isso milhares de migrantes aguardam pelas boas notícias da cimeira. A maior parte espera sem condições há inúmeros dias na fronteira da Grécia com a Republica da Macedónia expostos a baixa temperatura, doenças que afeta principalmente as crianças, falta de alimentos entre outros problemas. 

 Fontes: 

 Ângela Oliveira 

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