No ano de 2009, foi colocada a hipótese de Barack Obama se
deslocar até Hiroshima, mas o governo de Tóquio desaprovou tal iniciativa. Porém,
na passada terça-feira, a Casa Branca anunciou que a visita a Hiroshima realizar-se-á
a 27 de maio durante a viagem de Obama ao Japão, onde irá participar na cimeira
do G7. Esta visita tem como principal objetivo destacar o compromisso da paz e
da segurança num mundo sem armas nucleares.
A Casa Branca deixa claro que os EUA
não pedirão perdão ao Japão devido ao acontecimento de 6 de agosto de 1945, mais
concretamente, o facto de o bombardeiro norte-americano Enola Gay ter
lançado uma bomba atómica sobre Hiroshima, em que 140 000 pessoas morreram,
incluindo os que sobreviveram à explosão mas que não resistiram às radiações e
queimaduras, e ainda ao acontecimento do dia 9 de agosto de 1945, ou seja, a
segunda bomba atómica lançada sobre a cidade de Nagasaki. Obama referiu que não
pedirá desculpa, pois é importante reconhecer que
no meio da guerra os líderes tomam todo o tipo de decisões.
Existem várias formas para
se pedir desculpa em japonês e o grau de inclinação do prevaricador determina a
gravidade da situação e do seu arrependimento. Mas será que algum dia veremos os
EUA a “inclinar-se” perante o Japão?
O Secretário
de Estado dos EUA, John Kerry, que participava na cimeira de chefes da
diplomacia do G7, foi o mais alto representante oficial norte-americano a
prestar homenagem onde os EUA levaram a cabo o seu primeiro ataque nuclear. O mesmo
mostrou-se comovido com a visita e afirmou que Hiroshima representa um marco
devastador e que interpela a nossa sensibilidade. O Primeiro-ministro
japonês crê que Obama ao visitar Hiroshima, ao compreender a realidade da
exposição à radiação e ao expressar as suas opiniões, irá lutar por um mundo
desprovido de armas nucleares.
A Cimeira do G7 consiste num fórum
que desempenha um papel importante na definição de respostas globais aos
desafios a nível mundial, complementando a coordenação económica mundial
realizada pelo G20. Irão estar reunidos os dirigentes do Canadá, França,
Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e UE. Esta cimeira irá ocorrer entre os dias 26 e 27 de maio, sendo
o Japão o “acolhedor” desta cimeira. Esta centrar-se-á na economia e no
comércio, na política externa, nas alterações climáticas e na energia. Os
dirigentes debaterão sobre a luta contra o terrorismo e a crise migratória e de
refugiados.
O
crescimento mundial continua a ser uma prioridade urgente para o G7. Por isso, os
dirigentes terão que se comprometer a reforçar as suas respostas políticas, recorrendo
a instrumentos estruturais, monetários e orçamentais. Além disto, espera-se que
reforcem o apoio ao comércio livre como um meio que promova melhores postos de
trabalho e níveis de vida. Também a transparência fiscal e a regulamentação
financeira serão debatidos.
Os
dirigentes tentarão chegar a um acordo comum acerca das questões mais compressoras
em matéria de política externa, essencialmente a situação na Ucrânia, Síria, Iraque,
Irão e Líbia. Também irão debater sobre a luta contra o terrorismo, a não
proliferação de armas e o desarmamento, os direitos humanos e a segurança
marítima.
Por fim, o G7 pretende
encontrar uma resposta global para a crise dos refugiados e tentar que os
dirigentes se comprometam a aumentar a assistência.
Sara
Correia, N.º 216287
Fontes:
http://visao.sapo.pt/actualidade/mundo/2016-05-20-Obama-vai-a-Hiroshima.-Sabe-como-se-pede-perdao-no-Japao-,
consultado a 22 de maio de 2016
http://www.tsf.pt/internacional/interior/barack-obama-em-visita-historica-a-hiroshima-5167216.html,
consultado a 22 de maio de 2016
http://www.tvi24.iol.pt/internacional/japao/barack-obama-vai-fazer-visita-historica-a-hiroshima,
consultado a 22 de maio de 2016
http://www.consilium.europa.eu/pt/meetings/international-summit/2016/05/26-27/,
consultado a 23 de maio de 2016
http://www.dn.pt/mundo/interior/obama-recusa-pedir-desculpa-pela-bomba-atomica-em-hiroshima-5188484.html,
consultado a 23 de maio de 2016
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