A
população europeia, ainda recuperava dos atentados que assolaram Paris, em
Novembro, e tentava encontrar uma solução para a crise humanitária que a esta a
assolar. Tudo parecia estar a compor-se, até a conseguida captura de Salah
Abdeslam, o jihadista que estava a monte desde o ataque de Paris, encontrado no
bairro de Molenbeek, em Bruxelas. Contudo, a 22 de Março de 2016, Bruxelas
acorda debaixo de fogo, com três atentados, já reivindicados pelo Estado
Islâmico (EI).
Eram
oito horas da manhã, em Bruxelas, sete horas em Portugal, quando duas fortes
explosões no aeroporto de Zaventem tiraram a vida a catorze pessoas. Uma hora
mais tarde explode uma terceira bomba na estação de metro de Maelbeek, onde
morrem mais vinte pessoas. Os números actuais dão conta de 34 mortos e cerca de
300 feridos, 61 ainda se encontram em cuidados intensivos. As autoridades
Belgas atuaram rapidamente, e fecharam o espaço aéreo, encerraram transportes e
aumentaram o nível de alerta terrorista para o máximo.
Charles
Michel, primeiro-ministro belga, nas primeiras declarações depois das explosões
afirmava: “Receávamos um atentado e ele aconteceu”. De facto este é o ponto que
todos os analistas estão a frisar: a suspeita de um ataque eminente, que estava
em cima da mesa, mas não ajudou a prevenir ou minimizar estes ataques,
apanhando de surpresas as forças de segurança belgas. Outros falam em uma
repercussão rápida do EI à captura de Salah Abdeslam, que pode ter originado
uma acção precipitada dos terroristas, dada a ligeira desorganização dos
atentados. As autoridades policiais belgas empreenderam várias rusgas nos
últimos meses, uma vez que já estavam em alerta para a actividade terrorista
dentro do país, mas mesmo assim foi um ataque inesperado.
No
entanto, o verdadeiro facto aqui é a existência dentro da Bélgica de uma das
maiores comunidades muçulmanas da europa, e de ser o país que mais contribuiu
com combatentes para a Síria, que possivelmente já regressaram a Bélgica. O
país é conhecido pela pobreza jovem, baixa taxa de instrução e elevada taxa de
desemprego jovem, coincidindo como um dos principais grupos etários aliciados
pelo EI. Toda a população belga, e europeia sabem desta desorganização, e desta
triste realidade que os jovens europeus continuam a enfrentar, e mesmo assim nem
um atentado põe início a um novo debate sobre a falta de condições
sociológicas, de incentivo e de oportunidades que estão a afectar os jovens
europeus.
Na
sequência dos acontecimentos os belgas rapidamente mobilizaram-se e encheram
praças e locais emblemáticos da cidade com mensagens de apoio aos familiares
das vítimas e mesmo com medo, procuram demonstrar que repudiam e não se
identificaram com estes actos atrozes de violência. Com amor combatemos o medo.
Karen Ferreira
Fontes:
http://www.dn.pt/mundo/interior/o-que-se-sabe-sobre-os-atentados-de-bruxelas-5090248.html
[visualizado em: 23/03/2016]
http://www.cfr.org/belgium/brussels-bombings-threaten-european-unity/p37680?cid=soc-facebook-in-brussels_bombings_threaten_european_unity-032316
[visualizado em: 23/03/2016]
http://economico.sapo.pt/noticias/os-atentados-que-ninguem-esperava-e-de-que-todos-estavam-a-espera_245440.html~
[visualizado em: 23/03/2016]
http://www.dn.pt/mundo/interior/primeiro-ministro-belga-receavamos-um-atentado-e-ele-aconteceu-5089568.html
[visualizado em: 23/03/2016]
http://www.dn.pt/mundo/interior/a-place-de-la-bourse-transforma-se-num-gigantesco-memorial-5090590.html
[visualizado em: 23/03/2016]
http://www.theguardian.com/commentisfree/2016/mar/22/islamic-state-brussels-jihadis?CMP=fb_gu
[visualizado em: 23/03/2016]
Fonte imagem:
http://og.infg.com.br/mundo/18932755-e1d-d75/FT1086A/420/201603221241239433_AFP.jpgV
[visualizado em: 23/03/2016]
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