Calamidades,
destruição, bem como falta de higiene reportam-nos à situação que vive o Médio
Oriente, mas hoje o artigo assumirá um rumo distinto dos habituais, os quais se
reportam às organizações terroristas, guerra civil da Síria, autodenominado Estado
Islâmico e afins. Hoje, a missão assenta em abordar uma temática ainda pouco
discutida, e que em consequência das três situações enumeradas inicialmente, se
proliferou pela região em referência, a qual designei por micro-organismos
terroristas, predominantemente aquando da ascensão do autodenominado Estado
Islâmico, segundo a OMS.
Trata-se
de um parasita, leshmania, que está a assolar o médio oriente, mas em
particular a Síria, o qual se dissemina pelo enfraquecimento do sistema
imunitário da população. Após a mordida, os parasitas entram no sangue, com
vista ao ataque das células imunes, provocando úlceras na pele, ou seja,
comendo-lhe a carne e, sendo uma infeção, o tratamento assenta na ingestão de
anti inflamatórios ou antibióticos, cuja progressão é efémera caso não seja
tratada, à mercê da amputação dos membros ou mesmo a morte. Foi designada por
Leishmaniose, uma doença canina, mas que começa a atingir os humanos. Esta
subdivide-se em 3 tipos, sendo o referido, a leishmaniose cutânea.
De
facto, os media, face à presença de
outros assuntos que marcam a agenda internacional, bem como à calamidade
instalada na região, não noticiam a situação e, por conseguinte, a maioria dos
cidadãos não conhece a realidade. Assim sendo, paradoxalmente à Zika, a título de
exemplo, não existe modo de o travar, ou seja, a elite social, através dos seus
meios não influencia a elite política, a qual não toma nenhuma atitude, algo
que se demarca da situação experienciada, devido ao parasita referido
anteriormente. Tendo em conta que a leshmania apenas se atrai pela falta de
higiene, característica das regiões menos desenvolvidas do globo, como é a
Síria, os países desenvolvidos não envolvem esforços à resolução da questão,
porém esta ganha formas ao assistirmos à demanda consecutiva dos Sírios para a
Europa, os designados refugiados, cujas condições higiénicas a que são sujeitos
pouco diferem do sítio onde fugiram, antes de chegar aos países que os irão
acolher. Por conseguinte, caberá ao Ocidente lidar com a patologia, que
alastrando, despenderá uma quantia bastante avultada.
Apesar
de ter mencionado a inércia do ocidente no respeitante à temática, o facto é
que aquando da ajuda deste, através dos médicos sem fronteiras, o Estado
Islâmico proibiu os cuidados a quem adquiriu a patologia, fazendo-os, deste
modo, recuar. Até o próprio autodenominado Estado Islâmico está a ser dizimado
devido à patologia, primordialmente em Raqqa, a capital do seu califado.
Posto
isto, era crucial que os países do Ocidente, os designados países
desenvolvidos, colocassem como âmago da sua política externa, além do
terrorismo e os refugiados, a epidemia que o médio oriente é alvo, a qual pode atingir
o seu território de um modo efémero, através dos refugiados, muito embora o
parasita não seja resistente ao frio, a Europa do centro e sul é marcada pelo
seu clima ameno e mediterrâneo propício a tal.
Leshmaniose,
mais um devorador humano!
Beatriz
Rodrigues Charneco
Fontes:
http://observador.pt/2015/04/07/doenca-esta-travar-os-jihadistas/,
22 de março de 2016
http://www.sol.pt/noticia/134133/o-que-%C3%A9-a-leishmaniose,-a-doen%C3%A7a-que-est%C3%A1-a-dizimar-o-estado-isl%C3%A2mico,
22 de março de 2016
http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,um-parasita-sanguessuga-na-siria-imp-,1046127,
22 de março de 2016
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