segunda-feira, 21 de março de 2016

Marco histórico nas relações bilaterais: Cuba/EUA

A relação entre os dois países sempre foram conturbadas desde sempre e deterioraram ainda mais com a ascensão do governo cubano de Fidel Castro 1959, depois da revolução cubana. Desde então mantiveram se em estado de tensão sem relações diplomáticas entre estes. 
Depois da revolução cubana de 1959, o governo cubano expropriou terras e empresas de investidores dos Estados Unidos, e em resposta o Governo dos EUA adotou um plano para derrubar o regime criado por Castro impondo um embargo económico que inicialmente teve como objetivo prejudicar o setor público cubano especialmente a saúde e mais tarde este bloqueio foi alargado ao setor comercial pelo presidente Bill Clinton, proibindo as filiais estrangeiras de comercializar com Cuba ameaçando cortar relações com qualquer país que escolhesse manter relações com a Cuba, medida esta que está em vigor até os dias atuais, tornando-se num dos mais duradouros embargos económicos na história da atualidade. Este embargo é formalmente condenado pelas Nações Unidas, que tem vindo a pedir durante décadas pelo fim do bloqueio politico, económico e financeiro entre estes e seus aliados, sem qualquer resultado prático. Por mais de cinquenta anos, os interesses americanos em Cuba são geridos pela USINT, um departamento de interesses americanos na embaixada Suíça em Havana e em Washington um outro departamento cubano semelhante também na embaixada Suíça.
Recentemente em 2014 com o presidente dos Estados Unidos Barack Obama e o presidente de Cuba Raúl Castro, restabeleceram algumas aproximações entre os dois países, nesse caso a reabertura das ambas embaixadas de modo a restaurar a normalidade nas relações entre estes.
Esta aproximação foi consolidada oficialmente a 21 de Março de 2016 com a visita histórica do presidente americano no solo cubano desde 1928 depois de longos e turbulentos anos de rotura diplomático.
Barack Obama pretende com este gesto dar um impulso ao processo de normalização entre os dois países fez votos para um futuro melhor nas relações bilaterais. Foi recebido pelo presidente cubano, Raúl Castro em Havana, para uma reunião que será o ponto alto deste encontro, apesar do presidente cubano deixar claro que não vai mudar nenhuma política a pedido ou sob pressão dos Estados Unidos, seu adversário por mais de meio século.
Obama certamente aproveitara a visita para abordar assuntos sensíveis como os direitos humanos e liberdades individuais e o presidente cubano abordará sobre o levantamento do embargo vigente desde 1962, assunto de extrema importância para as relações externas de Cuba.
Essa visita poderá não ter um impacto imediato nas relações bilaterais e nas decisões pontuais do regime mas contribuirá certamente para mudanças no futuro a longo prazo.

Ângela Oliveira

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