Uma
surpresa. É assim que podemos identificar esta nova postura da administração de
Obama relativamente à sua posição de abrir a costa do Ártico à exploração de
petróleo e gás, criando um plano para travar a exploração destes offshores até
2020.
Não
esquecendo que ainda em 2015, Obama admitiu elaborar uma proposta que previa a
exploração da costa sudeste dos EUA pela primeira vez na história, reunindo os
aplausos da indústria petrolífera e os apupos dos ambientalistas e defensores
do clima. Importante analisar também, que o fez devido à pressão dos
legisladores e senadores dos estados do Sul, com o argumento de crescimento
económico e criação de imensos postos de trabalho.
Porém,
aconteceu um retrocesso importante, o Presidente dos Estados Unidos da América
quer deixar como legado final do seu mandato o combate às alterações
climáticas, antes de deixar a presidência dos EUA. Certo é, que esta medida vai
incendiar o debate sobre as alterações climáticas nas primárias
norte-americanas atualmente em curso, principalmente devido aos candidatos
republicanos que defendem a expansão dos planos de exploração petrolífera e de
gás no território marítimo dos EUA.
Obama
e a sua administração terão seguramente uma tarefa herculana em passar esta
proposta no congresso, pois a ala republicana considera que o aquecimento
global não é mais do que um mito e um assunto sobrevalorizado. Não esquecer
também a pressão por parte dos atores da industria petrolífera, nomeadamente da
Shell, ExxonMobile e a Chevron, que pressionam o governo norte-americano a
permitir a exploração das águas americanas, mesmo depois da tragédia em 2010 no
Golfo de México que ainda permanece na mente de todos os cidadãos americanos.
Uma
vitória, se a proposta for aprovada, para toda a comunidade defensora da
proibição da exploração marítima na orla americana, que derrotava assim os
poderosos lobbys existentes e que poderá dinamizar uma onda otimista para a
defesa do bem-estar das gerações futuras.
Roberto Vieira
Fontes:
Sem comentários:
Enviar um comentário