Na passada quarta-feira, dia 30 de Março do presente ano,
o aspirante a candidato republicano às presidenciais dos Estados Unidos da
América, Donald Trump, uma vez mais viu-se envolvido numa situação polémica
onde o tema se debruçou sobre o aborto numa entrevista à rede televisiva MSNBC.
Nesta entrevista, Donald Trump defendeu a ideia de que “as mulheres que optem
pela interrupção voluntária da gravidez devem enfrentar “algum tipo de punição”
se o procedimento foi proibido por lei” (Observador, 2016). Tal como Ronald
Reagan, Trump afirma ser ‘pró-vida’ com exceções” (Observador, 2016), tendo-se
assumido a favor da ilegalização dos abortos à exceção de casos de violação,
incesto ou risco de vida para a mãe do bebé.
No
entanto, ao ser questionado quanto ao tipo de punição que estas mulheres
deveriam sofrer ao recorrer à prática do aborto, caso este seja ilegal, o pré-candidato
à Casa Branca rejeitou particularizar qual a pena a ser atribuída, argumentando
que ainda não tinha determinado a punição a aplicar.
Após
manifestado o seu ponto de vista, Donald Trump foi alvo de duras críticas nas
redes sociais. Como não poderia deixar de ser, o líder da corrida à nomeação
presidencial republicana, foi também rispidamente julgado pelos seus
adversários. A título de exemplo temos a candidata democrata Hillary Clinton
que não perdeu o momento de criticar o seu adversário na rede social Twitter, qualificando
as suas palavras como sendo “horríveis e reveladoras.” (EXAME, 2016), assim
como Bernie Sanders que qualificou o seu discurso de “vergonhoso” (G1, 2016).
Donald
Trump, um magnata no ponto vista empresarial, ao proferir este tipo de
comentários, para além de ser fortemente criticado pelos seus adversários na
corrida às presidenciais do país norte-americano, passa uma imagem muito extremada
a nível não só do panorama nacional como também mundial. Donald Trump ao
assumir com os seus discursos uma posição muito austera e agressiva,
frequentemente acaba por não ser bem visto pela sociedade, sendo por vezes,
alvo de duras críticas. Apesar de contar com o apoio, sobretudo, da ala
conservadora do país, para ser eleito Presidente de um país com a dimensão e o
poder dos Estados Unidos da América e face à forte concorrência que enfrenta
nesta corrida à Casa Branca, não basta agradar a uma parte da população, por
vezes deve-se optar por uma estratégia e um discurso mais moderado e
estruturado com o intuito de atingir positivamente um maior número de
eleitores.
Sara
Martins, nº216307
Fontes:
EXAME. (2016). “Trump defende castigo para mulheres que
abortam”. Disponível em http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/trump-defende-castigo-para-mulheres-que-abortam. [Consultado em 30/03/2016]
G1. (2016). “Comentário de Trump sobre punição a abortos
gera polemica.” Disponível em http://g1.globo.com/mundo/eleicoes-nos-eua/2016/noticia/2016/03/comentario-de-trump-sobre-punicao-abortos-gera-polemica.html. [Consultado em 30/03/2016]
Observador. (2016). “Donald Trump acredita que o aborto
deve ser punido se houver proibição legal.” Disponível em http://observador.pt/2016/03/30/donald-trump-acredita-aborto-deve-punido-houver-proibicao-legal/. [Consultado em 30/03/2016]
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