Cabo
verde tem vindo a apostar muito no desenvolvimento e na aplicação de políticas
externas favoráveis ao desenvolvimento sustentado e coerente, na estabilidade e
no crescimento interno tendo sempre como a finalidade principal o bem comum dos
seus cidadãos mas também na tentativa de projetar uma boa imagem, de moldar um
ambiente externo favorável a realização dos seus respetivos interesses. Essa
luta incansável tem contribuído indubitavelmente para o seu reconhecimento,
para sua inserção em múltiplos espaços de cooperação e integração regionais e
para a mobilização e soluções institucionais politicamente inteligíveis capaz
de conduzir o país a estádios de desenvolvimento exemplares em relação às suas
congéneres africanas.
O
reforço do processo de integração regional e o desenvolvimento de relações de
boa vizinhança com as principais potências mundiais através de uma participação
ativa nas instituições políticas multilaterais afigura-se como uma das linhas
de forças da política externa das ilhas.
Como
o efeito a convergência de interesses entre EUA, UE e Cabo Verde nomeadamente
no combate às ameaças transnacionais organizadas por meio de reforços da
segurança marítima, ao narcotráfico, ao tráfico de armas, ao branqueamento de
capital, à criminalidade.
O
anterior governo apostou muito em várias operações de combate à esses males
sociais e como exemplo dessas operações o caso da «Lancha Voadora e da Perla
Negra...» em que foram apreendidos quantidades enorme de drogas, dinheiros,
armas nas águas do país. Fatos constante no arquipélago, que serve como uma
placa giratória do narcotráfico, servindo como uma rota triangular entre
Africa, Europa e América.
O
paradoxo de segurança surge no contexto da cooperação entre as autoridades
cabo-verdianas e os seus parceiros internacionais no combate à criminalidade,
ao impedir a chegada de grandes quantidades de estupefacientes à outos
destinos, os traficantes sempre acabam respondendo da pior forma possível
atacando diretamente os familiares das autoridades nacionais como é o caso do
filho do anterior primeiro-ministro que foi baleado a porta de casa no final do
ano passado, a mãe de uma investigadora da policia judiciária assassinada na
rua e muitos outros atos de criminalidade que tem vindo a acontecer no país,
nos leva a questionar sobre a segurança pública num pais que sempre foi muito
tranquilo e seguro.
No
passado dia 18, numa das operações no alto mar a polícia judiciária apreendeu
280 quilogramas de cocaína, armas de guerra e grande quantidade de dinheiro num
navio pesqueiro brasileiro, e um outro americano, que partiu da América Latina
que tinha como destino final a Europa. Essa operação culminou com a prisão de
cidadãos de várias nacionalidades inclusive cabo-verdiano e na sequência dessa
operação aconteceu um massacre ao centro retransmissor de Monte Txota esta terça-feira,
onde foram mortas onze pessoas numa base militar do posto de vigia, dos quais
oito militares e três civis em que nas primeiras horas foram levantados fortes
indícios de haver ligações com o narcotráfico e possível atentado contra o
Estado, ideia esta, que foi descartada pouco tempo depois com a captura do
militar, autor dos disparos.
Tudo
isso demostra o receio vivida pela população de um país que tem estado sempre
entre os melhores perante a avaliação geral em diferentes critérios, são esses
os fatos que tem vindo a por em causa a segurança interna do pais.
Cabo
Verde vislumbra um futuro promissor graças a sua vasta relação com o exterior,
mas ressalve-se que nem tudo está bem no segundo país africano mais bem
governado. Há falhas para resolver com urgência.
Ângela de Oliveira
Fontes:
http://www.rtc.cv/index.php?paginas=47&id_cod=48367
http://www.islasdecaboverde.com.ar/san_vicente/adriano_lima/ha_in_seguranca_publica_em_cabo_verde.htm
http://expresso.sapo.pt/dossies/diario/2016-04-27-As-verdades-e-as-mentiras-sobre-o-massacre-em-Cabo-Verde
http://anacao.cv/
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