segunda-feira, 2 de maio de 2016

Um Fenómeno de convergência chamado Marcelo

           
   Marcelo Rebelo de Sousa, o eterno professor Marcelo, foi elevado a Presidente da República, no primeiro mês deste ano, por via das eleições presidenciais, sem necessidade de recorrer a segunda volta.
O fenómeno de convergência, de seu nome Marcelo RS, encontra-se patente desde a tomada de posse, derivado de dois momentos distintos, mas bastante específicos. O convite direcionado aos reis de Espanha, a Jean-Claude Juncker, Presidente da Comissão Europeia e Filipe Nyusi, Chefe de Estado moçambicano, para estarem presentes na mesma. A razão pela qual o Presidente lhes dirigiu o convite deriva da história portuguesa, no estado atual das relações políticas e na sua influência para Portugal. Vejamos: Espanha encontra-se geograficamente próxima de nós, a juntar às histórias nacionais que nos unem, enquanto a UE é a organização mais relevante que Portugal intervém. No que respeita a Filipe Nyusi veio representar indiretamente, os países da CPLP. O segundo momento no dia da tomada de posse foi a cerimonia ecuménica a que foi assistir o PR, na qual congregava as diferentes religiões presentes em Portugal, apesar da população ser marcadamente católica.
A tomada de posse findou, mas a convergência que caracteriza Marcelo continuou-lhe intrínseca e, deste modo, o Presidente da República visitou o Vaticano, mais uma vez apoiado na história, visto ter sido o primeiro a reconhecer Portugal como estado. Mas também, deriva do cunho que o PR quer demonstrar, tendo em conta, que é sabido publicamente, o seu catolicismo, daí que esta visita oficial ganhe contornos ainda mais marcados. Deslocou-se também, a Madrid, no sentido de uma maior convergência com o seu parceiro mais próximo, geograficamente. De seguida, deslocou-se a Estrasburgo, sede do Parlamento Europeu, onde discursou, sendo o quinto Presidente Português a fazê-lo. Para Moçambique partirá nos próximos dias, com a vista a cimentar uma maior cooperação com os países de língua portuguesa, reforçando que essa é uma das suas prioridades.
Após a exposição de política seguida pelo PR, denota-se como prioridade, o estabelecimento de boas relações com os seus parceiros mais diretos, devido a razões históricas, bem como à importância que exerce na atualidade em Portugal, com vista à obtenção do tão afamado consenso característico do mesmo. Posto isto, estamos perante um fenómeno de convergência chamado Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente dos próximos quatro anos.

Beatriz Rodrigues

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