quinta-feira, 26 de maio de 2016

Crise migratória: O abrandamento de um problema ainda sem solução

A Grécia viveu e vive hoje um inferno na terra com a chegada dos refugiados, sem conseguir dar uma resposta que consiga por termo ao problema, tanto a Grécia como a União Europeia mas parecendo que o pior já passou.
Durante semanas a fio, a Grécia esteve a “rebentar pelas costuras” devido aos números exorbitáveis de refugiados que chegavam ao país, tendo enorme dificuldade em lidar com este problema, lembrando assim, que a Grécia durante este período estava a atravessar uma enorme crise económica e financeira que ainda não está resolvida.
Mas por fim e passado tanto tempo, parece que este problema está a ser ultrapassado visto que o número de refugiados que chegaram à Grécia desceu para metade entre Fevereiro e Março deste ano.
As razões apontadas pelos especialistas para esta mudança de “comportamento” são entre outras, o acordo assinado entre a União Europeia e a Turquia, sendo que a última começou a receber os refugiados que chegavam à Grécia. Outra das razões apontadas foi o endurecimento da política de fronteiras por parte da Macedónia, ou ainda devido às operações da NATO no mar Egeu, operações estas que têm como alvo os traficantes.
A par desta descida do número dos refugiados que chegam à Grécia, a Itália duplicou o número de refugiados que recebeu no mesmo período de tempo, sendo que a agência (ACNUR, que é a agência da ONU para o problema dos refugiados) que está responsável por esta matéria diz que não há indícios de uma mudança de rota dos refugiados, ou seja, da rota do Mediterrâneo Ocidental (Grécia) para a rota do Mediterrâneo Central (Itália).
No entanto, desengane-se quem acha que este problema vivido pela Grécia está completamente resolvido, porque se compararmos o número de migrantes que chegaram à Grécia no mês de Fevereiro deste ano com o número de refugiados que chegaram do mês de Março do ano passado, em Fevereiro deste ano chegaram três vezes mais do que em Março do ano passado.
Posto isto, é notório que este problema está ultrapassado, pois apesar de estar num bom caminho, o número de refugiados continua a ser maior do que aquele que é na teoria suportado pelas entidades gregas, e por isso a União Europeia e os seus Estados-membros têm de continuar a estar atentos a este problema e aos seus sucessivos desenvolvimentos.

Fábio Mendes nº 216293

Fontes:
http://pt.euronews.com/2016/04/12/crise-dos-refugiados-grecia-tenta-limpar-porto-de-pireaus/
http://pt.euronews.com/2016/04/08/crise-dos-refugiados-deportados-da-grecia-chegam-a-turquia/

http://observador.pt/2016/04/18/migracoes-numero-refugiados-desce-metade-na-grecia-fevereiro-marco/

Um vigésimo nono alargamento à vista?

A história da Turquia desde há muito que se confunde com a história da União Europeia, no sentido de que a Turquia participa ativamente nos mecanismos institucionais da Europa como a NATO (North Atlantic Treaty Organization), o Conselho da Europa, a OCDE, entre outras.
Foi no ano de 1987 que a Turquia fez a sua primeira investida numa tentativa de fazer parte da União Europeia, mas tal pedido recebeu o parecer negativo, sendo recusado no ano de 1989. Anos mais tarde, em 2005, a União Europeia decidiu que a Turquia havia cumprido os critérios de Copenhaga e devido a isto as negociações para a adesão poderiam ser iniciadas. Contudo, as negociações decorrem há já 11 anos e sem resolução à vista.
Temos de entender que estas negociações podem ser mais longas do que o previsto, uma vez que existem problemas quer para a Turquia quer para a União Europeia, ou seja, quer a Turquia seja aceite ou tenha um parecer negativo, existem consequências independentemente a decisão por parte da União Europeia.
Se a Turquia conseguir a adesão à UE vai originar o despontar dentro da própria União do crescimento de uma oposição interna por parte dos grupos islâmicos, e por outro lado, um dos grande problemas para a UE é que, apesar de todos os progressos realizados pela Turquia, esta continua a ter uma série de problemas por resolver, nomeadamente a nível dos Direitos do Humanos.
Em contrapartida, a não adesão também pode trazer problemas para ambos os lados. A Turquia apesar do seu potencial de crescimento económico ainda apresenta grandes debilidades. Com uma importante taxa de endividamento e a necessidade de capitais, uma recusa da UE poderia provocar uma crise económica sem precedentes. Por conseguinte, teria consequências a nível político, visto que a recusa de adesão iria dar razão às vozes dos radicais que sustentam que não se pode confiar no ocidente e na União Europeia.
Para a EU, os problemas de não adesão por parte da Turquia passariam por um aumento potencial dos movimentos fundamentalistas islâmicos às portas do seu território, incorrendo assim num aumento no risco de um surto de terrorismo, e por sua vez, também a nível económico, é considerado um problema grave deixar de fora da UE um mercado de 70 milhões de consumidores numa economia com uma taxa de crescimento entre os 5 e 6%.
Isto leva-nos ao marco mais importante da atualidade global, isto é, o acordo entre a União Europeia e a Turquia sobre os emigrantes ilegais que chegam à Grécia provenientes da Turquia. Este acordo fez com que o apoio financeiro dado pela UE à Turquia duplicasse, e este será um trinfo que mais tarde ou mais cedo a Turquia vai usar nas negociações para a sua adesão à União. Para não falar de que, por cada um emigrante ilegal que é reencaminhado para a Turquia, a UE vai ter de receber um proveniente da Turquia, apesar de este facto não me parecer ser o problema mais grave.
O problema mais grave a meu ver é que a UE se tentou desfazer de um problema e não tentou arranjar uma solução definitiva para o problema, sendo que agora se levantam outras questões como por exemplo: Quando é que a Turquia vai usar o trunfo que agora possui? E que consequências trará esse uso? E se no final esta medida tomada pela União Europeia não se vira contra a mesma?

Fábio Mendes nº 216293

Fontes:
http://observador.pt/2016/03/18/europa-chega-acordo-turquia/
http://carloscoelho.eu/dossiers/view/18/512

http://www.kas.de/wf/doc/15369-1442-5-30.pdf

Panama Papers, O Inferno da corrupção

O mundo tem vivido estes últimos dias de forma perplexa, sem conseguir ainda explicar ou entender todos os documentos agora expostos. Panama papers, foi assim que ficou designado este processo quando foram expostos milhares de documentos que levantam apenas um “bocadinho do véu” do que são as offshores.
A investigação que foi conduzida ao longo de um ano pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (International Consortium of Investigative Jornalists, ICIJ), em parceria com o jornal alemão “Süddeutsche Zeitung”, e por mais de uma centena de outros órgãos de comunicação social. Esta investigação lançou dados que cobrem uma linha temporal de aproximadamente 40 anos, desde o ano de 1977 até ao final do ano de 2015. 
Esta investigação trouxe ainda ao panorama internacional nomes de ex e atuais políticos, celebridades, traficantes de droga, estrelas do desporto, entre muitas outras personalidades importantes a nível internacional.
Gabriel Zucman, economista conceituado da Universidade da Califórnia disse o seguinte em relação à recente descoberta “Estas descobertas mostram como as práticas danosas e criminosas estão profundamente arreigadas no mundo offshore”.
Uma das coisas mais chocantes na minha opinião neste escândalo é o facto de aparecerem empresas offshore ligadas à família do presidente da China, Xi Jinping, que desde sempre declarou querer combater “os exércitos da corrupção”, como também o presidente ucraniano Petro Poroshenko, que se apresenta ao povo ucraniano como um reformador num país abalado por escândalos de corrupção, entre muitos ostros nomes.
O que foi anteriormente referido para mim é o mais preocupante, visto que existem muitas pessoas que recorrem a estes paraísos fiscais para lavagem de dinheiro, e agora, a partir do momento em que aqueles que se dizem contra este tipo de práticas estão envolvidos nas mesmas, algo está bastante mal e que deveria preocupar todos.
Metemos o nosso destino nas mãos de pessoas que se dizem contra estas práticas desleais e depois deparamo-nos com informações que provam que essas pessoas não são assim tão transparentes como dizem ser, ou com os princípios inversos àqueles que tentam passar para o mundo, acho que isto sim é o preocupante. Enquanto houver paraísos fiscais haverá este tipo de contradições e depois deste escândalo teremos muita dificuldade em perceber quem é realmente contra esta política. Acabo assim com uma pergunta: Se não podemos confiar naqueles que se dizem contra esta prática dos paraísos fiscais, como é que algum dia vamos acabar com esta lacuna e com a corrupção em geral?

Fábio Mendes nº 216293
Fontes
http://expresso.sapo.pt/internacional/2016-04-03-Fuga-de-informacao-gigante-revela-esquemas-de-crime-e-corrupcao-no-mundo-inteiro-1
http://observador.pt/2016/04/03/documentos-associam-vladmin-putin-escandalo-corrupcao-no-valor-15-mil-milhoes-euros/
http://www.tsf.pt/internacional/interior/documentos-secretos-associam-amigos-de-putin-a-rede-de-corrupcao-5108805.html




terça-feira, 24 de maio de 2016

EUA não pede perdão ao Japão

     No ano de 2009, foi colocada a hipótese de Barack Obama se deslocar até Hiroshima, mas o governo de Tóquio desaprovou tal iniciativa. Porém, na passada terça-feira, a Casa Branca anunciou que a visita a Hiroshima realizar-se-á a 27 de maio durante a viagem de Obama ao Japão, onde irá participar na cimeira do G7. Esta visita tem como principal objetivo destacar o compromisso da paz e da segurança num mundo sem armas nucleares.
      A Casa Branca deixa claro que os EUA não pedirão perdão ao Japão devido ao acontecimento de 6 de agosto de 1945, mais concretamente, o facto de o bombardeiro norte-americano Enola Gay ter lançado uma bomba atómica sobre Hiroshima, em que 140 000 pessoas morreram, incluindo os que sobreviveram à explosão mas que não resistiram às radiações e queimaduras, e ainda ao acontecimento do dia 9 de agosto de 1945, ou seja, a segunda bomba atómica lançada sobre a cidade de Nagasaki. Obama referiu que não pedirá desculpa, pois é importante reconhecer que no meio da guerra os líderes tomam todo o tipo de decisões.
      Existem várias formas para se pedir desculpa em japonês e o grau de inclinação do prevaricador determina a gravidade da situação e do seu arrependimento. Mas será que algum dia veremos os EUA a “inclinar-se” perante o Japão?


    O Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que participava na cimeira de chefes da diplomacia do G7, foi o mais alto representante oficial norte-americano a prestar homenagem onde os EUA levaram a cabo o seu primeiro ataque nuclear. O mesmo mostrou-se comovido com a visita e afirmou que Hiroshima representa um marco devastador e que interpela a nossa sensibilidade. O Primeiro-ministro japonês crê que Obama ao visitar Hiroshima, ao compreender a realidade da exposição à radiação e ao expressar as suas opiniões, irá lutar por um mundo desprovido de armas nucleares.
     A Cimeira do G7 consiste num fórum que desempenha um papel importante na definição de respostas globais aos desafios a nível mundial, complementando a coordenação económica mundial realizada pelo G20. Irão estar reunidos os dirigentes do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e UE. Esta cimeira irá ocorrer entre os dias 26 e 27 de maio, sendo o Japão o “acolhedor” desta cimeira. Esta centrar-se-á na economia e no comércio, na política externa, nas alterações climáticas e na energia. Os dirigentes debaterão sobre a luta contra o terrorismo e a crise migratória e de refugiados.
       O crescimento mundial continua a ser uma prioridade urgente para o G7. Por isso, os dirigentes terão que se comprometer a reforçar as suas respostas políticas, recorrendo a instrumentos estruturais, monetários e orçamentais. Além disto, espera-se que reforcem o apoio ao comércio livre como um meio que promova melhores postos de trabalho e níveis de vida. Também a transparência fiscal e a regulamentação financeira serão debatidos.
      Os dirigentes tentarão chegar a um acordo comum acerca das questões mais compressoras em matéria de política externa, essencialmente a situação na Ucrânia, Síria, Iraque, Irão e Líbia. Também irão debater sobre a luta contra o terrorismo, a não proliferação de armas e o desarmamento, os direitos humanos e a segurança marítima.
        Por fim, o G7 pretende encontrar uma resposta global para a crise dos refugiados e tentar que os dirigentes se comprometam a aumentar a assistência.
             
Sara Correia, N.º 216287

Fontes:

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Acordo UE-Turquia: A Importação do Terrorismo

No acordo firmado entre a UE e a Turquia, a UE compromete-se a permitir que os cidadãos detentores de passaportes Turcos, possam viajar no Espaço Europeu (leia-se no Espaço de Schengen) livremente, sem a necessidade de obter uma visto de viagem prévio.
Que erro colossal.
Será que os líderes europeus são assim tão ignorantes em relação àquilo que se passa entre a Turquia e a al-Nusra (al-Qaeda na Síria) e o auto-proclamado “Estado Islâmico”? Ou será que estão tão dependentes da Turquia que preferem pôr em causa a segurança Europeia do que continuar a receber refugiados?
Não interessa. A Turquia é um Estado cada vez menos democrático e laico. Cada vez mais autocrático e islamista (Islão Político). Para satisfazer os seus interesses (em especial relativamente aos Curdos Sírios), a Turquia de Erdogan apoiou o “Estado Islâmico” (e ainda o faz de forma indirecta) e a al-Nusra. A quantidade de detentores de passaporte Turco é enorme, como é óbvio. Nesse número incluem-se muitos mas muitos apoiantes e facilitadores e MEMBROS do “Estado Islâmico” e al-Nusra. Uma zona fronteiriça Turca com a Síria chegou a ser inclusivamente apelidada de “Autoestrada da Jihad” devido à facilidade que membros do “Estado Islâmico” tinham em se movimentar em território Turco, devido à falta propositada de controlos fronteiriços ou retirada dos soldados Turcos durante certos períodos de tempo de modo a permitir essa circulação.
E a União Europeia vai fazer uma coisa destas? Parece que estão a convidar o terrorismo. Já não chega a cada vez pior situação de direitos humanos, o crescente controlo da imprensa, a guerra contra os Curdos, entre tantas outras coisas que se estão a passar na Turquia “quase” sem condenação por parte da UE, e agora vão ter livre acesso ao Espaço Europeu.
Que erro colossal. Fala-se muito na Europa sobre os refugiados poderem ser um perigo devido à infiltração de terroristas – sem dúvida que há esse perigo – mas esta situação é mil vezes pior para a segurança da Europa, estando-se mesmo a legalizar a importação do terrorismo para dentro da UE.

Gustavo Gomes Nº216302

Fontes:
http://www.jn.pt/mundo/interior/comissao-europeia-propoe-isencao-de-vistos-para-cidadaos-turcos-5157393.html

http://english.alarabiya.net/en/views/news/middle-east/2014/09/10/Turkey-and-the-Jihadist-Highway-.html

terça-feira, 3 de maio de 2016

A Situação Política Angolana: Oportunidades para a Política Externa Portuguesa

A política externa portuguesa apresenta como principais directrizes a sua vocação universalista e humanista, baseada numa aposta forte no multilateralismo nas relações internacionais. Esta estratégia passa também por valorizar a promoção da língua portuguesa no mundo, assumindo relações privilegiadas bilaterais com várias regiões do mundo, assentes na cooperação económica e social que possibilite uma difusão de conhecimentos e culturas.
Esta linha de acção tem sido bastante privilegiada nas relações de Portugal com Angola, verificando-se um crescente incremento do comércio e encontros diplomáticos nos últimos anos, sendo que, desde 2013 ao volume de trocas comerciais entre os dois países atingiu os cinco mil milhões de euros, sendo de referir que a maior fatia de exportações portuguesas incidiu no campo da maquinaria e dos aparelhos industriais.
Assim, podemos afirmar que surgem novas oportunidades de negócio para as empresas portuguesas, particularmente no campo das infra-estruturas, tecnologias de informação educação. No que toca ao último sector referido, e tendo em conta que é uma das prerrogativas do governo português a definição das grandes linhas orientadores e prioridades da política externa portuguesa, a aposta na facilitação de transferências de capitais e de equipamentos tecnológicos, aliada á situação de crise económica que se verifica em Angola que obriga o país a uma reforma institucional profunda que facilite a instalação de empresários portugueses, pode constituir um importante marco de afirmação dos interesses portugueses na região.
Neste sentido, a capacidade de reforçar a presença cultural portuguesa em Angola poderá ser garantida com a formação de quadros angolanos nos mais diversos sectores de actividade como a agricultura, o comércio ou a saúde, num país que se confronta com enormes desafios que colocam sérios entraves ao seu progresso económico e social, tais como a falta de mão-de-obra qualificada, infra-estruturas tecnológicas degradadas, escassez de bens alimentares e fala de condições para atrair economias externas.
No que toca ao ensino da língua portuguesa nas escolas deste país, trata-se de afirmar a cultura portuguesa e os seus respectivos valores na comunidade dos PALOP, um objectivo central da nossa política externa.
Os constrangimentos impostos pela participação de Portugal na EU, associados ao cumprimento de regras económicas que decorrem da integração no Mercado Único não prevêem quaisquer obstáculos à cooperação empresarial entre os dois país no que diz respeito à diversificação das relações económicas e ao investimento estrangeiro com o objectivo de recuperar os sectores produtivos Angolanos, o que traria vantagens evidentes no que toca ao apoio da internacionalização da economia portuguesa.
O reforço dos laços de cooperação entre os dois países implica um esforço colectivo que deve envolver todos os agentes sociais, como as universidades, as empresas, os hospitais, institutos, as autarquias e outros órgãos da administração pública. Desta forma, abre-se o caminho para a construção de uma relação diplomática fraterna e douradora, que passa também pela promoção da defesa da democracia e do respeito pelos direitos humanos com o recurso ao reforço das instituições políticas que deve contar com o apoio de toda a comunidade internacional, tendo em vista a reconstrução da estabilidade política e social depois de um período conturbado do pós-guerra que se vive desde o início do século e que conheceu uma das suas situações mais visíveis com o recente caso de Luaty Beirão.
Chegou o tempo de por termo á ingerência política que se tem verificado em alguns momentos na política externa portuguesa, na qual os responsáveis políticos tecem considerações sobre a forma como se deve organizar o poder político angolano e também sobre o funcionamento da justiça neste país, o que só contribui para manchar a imagem externa e a honra das nossas instituições e do nosso país. Assim, os responsáveis diplomáticos deverão focar-se no que realmente é importante, a construção de uma relação diplomática sólida e madura entre as duas partes, que contribua para a afirmação da lusofonia e dos interesses de Portugal na região e que esqueça definitivamente as querelas ideológicas que estão por detrás de conspirações que apenas servem para aumentar a crispação entre os responsáveis políticos de cada um dos países.

Tomás Simão

Fontes:
http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/convidados/interior/a-politica-externa-portuguesa-e-angola-3478880.html
http://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/1725/1/NeD64_RuiAlbertoVDRodriguesMingas.pdf

http://www.pmeportugal.pt/PME-NA-HORA/Conhecimento/Internacionaliza%C3%A7%C3%A3o/ANGOLA-%E2%80%93-Um-mercado-de-Oportunidades.aspx

A União Europeia e os seus desafios

A 9 de Maio comemora o dia da Europa, foi depois da segunda guerra mundial que tudo começou, ou seja, temos a criação de uma união entres os Estados com o objetivo de pôr termo às frequentes guerras sangrentas entre países vizinhos, que culminaram na Segunda Guerra Mundial. Hoje temos uma Europa cheio de êxito e crises, em que a paz se manteve mais de 50 anos, uma paz duradoura que nunca a Europa tinha conhecido durante toda a sua história, mas também, enfrenta crise política, económica e social, o que pode levar ao seu fim.
Hoje, o projeto europeu vive uma crise que alguns afirmam estrutural e de continuidade, e, outros defendem ser transitória, mas conjunturalmente agravada por um cenário de crise económica e financeira europeia.
A ascensão do modelo neoliberal, produziu rapidamente efeitos negativos no de Estado-social europeu, gerando um aprofundamento da sua crise e acelerando o seu processo de desestruturação, sabendo que este teve um papel de extrema importância na construção da nova identidade da Europa Ocidental após a II Guerra Mundial.
Na base da construção da identidade do projeto europeu, está a edificação de uma estrutura política e económica, onde os Estados-membros mais fracos se fortalecem através de uma partilha de força política, económica e financeira, por parte dos Estados-membros mais fortes, cabendo nessa força, entre outras coisas, a redistribuição de recursos materiais e financeiros, e a igualdade de tratamento entre Estados.
A atual crise do modelo de Estado-social europeu é simultaneamente a crise das instituições europeias, e pode resultar em última instância, no desmoronamento das instituições europeias. O projeto europeu caminhada política conjunta dos seus Estados-membros na direção de uma Federação de Estados da Europa, o que pode caminhar a Europa em direção à catástrofe.
A crise dos refugiados como o terrorismo tornou-se num dos principais problemas da União Europeia, o que pode levar ao fecho das fronteiras, e sem fronteiras abertas, não há União Europeia.
A União Europeia pode não estar próxima do fim, como poderá estar a iniciar um novo ciclo, um caminho para mudar as suas instituições, é necessário recentrar-se no seu projeto de igualdade entre Estados-membros e no desenvolvimento da sua estrutura política.
Elton Évora
Fontes:
http://europa.eu/about-eu/index_pt.htm

http://cvc.instituto-camoes.pt/images/stories/tecnicas_comunicacao_em_portugues/portuges_institucional_e_comunitario/A%20evolucao%20do%20projecto%20europeu.pdf